Era uma festa da Lew Lara dentro do Museu de Arte Contemporânea, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Tudo muito charmoso, clientes, gentes da alta publicidade paulistana, daslusetes deslumbradas e seus pretinhos básicos e aquele clima hampton-chic de festa pagã em searas sagradas da arte de verdade.
Humilde e alegremente eu flanava por ali, com minha taça de vinho, convidada como ex-redatora da agência (nessa época eu já tinha ido pra Grottera).
Eis que do meio dos tantos convidados circulantes me surge um gordinho de barba, vestido meio casual demais pra ocasião e completamente bêbado.
O homem parecia que tinha os pés, como ele. Redondos. Não conseguia ficar parado no mesmo lugar, bamboleando perigosamente pra lá e pra cá.
Isso não impediu, porém, que ele atracasse seu corpanzilzinho em um pier imaginário bem em minha frente e me medisse descaradamente dos pés à cabeça, fixando-se, na última mirada, no meu rosto.
Aproximando sua carranca-de-pau hirsuta do meu rosto, ele não teve a menor piedade. Me catalogou, ali mesmo, declarando em voz bem alta, pra quem quisesse ouvir:
- ilustre desconhecida!
(Graça Craidy)
SE VOCE GOSTOU DESTE POST, TALVEZ SE INTERESSE POR ESTE.
Tudo muito charmoso, clientes, gentes da alta publicidade paulistana, daslusetes deslumbradas e seus pretinhos básicos e aquele clima hampton-chic de festa pagã em searas sagradas da arte de verdade.
Humilde e alegremente eu flanava por ali, com minha taça de vinho, convidada como ex-redatora da agência (nessa época eu já tinha ido pra Grottera).
Eis que do meio dos tantos convidados circulantes me surge um gordinho de barba, vestido meio casual demais pra ocasião e completamente bêbado.
O homem parecia que tinha os pés, como ele. Redondos. Não conseguia ficar parado no mesmo lugar, bamboleando perigosamente pra lá e pra cá.
Isso não impediu, porém, que ele atracasse seu corpanzilzinho em um pier imaginário bem em minha frente e me medisse descaradamente dos pés à cabeça, fixando-se, na última mirada, no meu rosto.
Aproximando sua carranca-de-pau hirsuta do meu rosto, ele não teve a menor piedade. Me catalogou, ali mesmo, declarando em voz bem alta, pra quem quisesse ouvir:
- ilustre desconhecida!
(Graça Craidy)
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Adriana Gragnani escreveu:
ResponderExcluirEstou rindo aqui.
Águida Kopf escreveu:
ResponderExcluirMuito boa..com isso, a vida não precisa nem de Prozac. Bj
Vera Lucia Bemvenuti escreveu:
ResponderExcluirSó tu Graça para fazer a gente visualizar as cenas.bj
Muito bom
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